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Foto do escritorJulio Cesar França Franco

O colar

Um rei tinha presenteado sua filha, a princesa, com um belo colar de diamantes.

O colar foi roubado e as pessoas do reino procuraram por toda a parte sem conseguir encontrar.

Alguém disse que um pássaro poderia tê-lo levado, fascinado pelo brilho.

O rei então pediu a todos que voltassem a procurá-lo e anunciou uma recompensa de $50.000 para quem encontrasse.

Um dia um rapaz caminhava de volta para casa ao longo de um rio ao lado de uma área industrial.

O rio estava completamente poluído, sujo e com um mau cheiro terrível.

Enquanto andava, o rapaz viu algo brilhar no rio e quando olhou viu o colar de diamantes.

Decidiu tentar pega-lo de forma que pudesse receber os $50.000 da recompensa.

Pôs sua mão no rio imundo e agarrou o colar, mas de alguma forma o perdeu e não pegou.

Tirou a mão para fora e olhou outra vez e o colar estava lá, imóvel.

Recomeçou, desta vez entrou no rio imundo, emporcalhou sua calça e afundou seu braço inteiro para pegar o colar.

Mas estranhamente, ele perdeu o colar novamente!

Saiu e começou a ir embora, sentindo-se deprimido.

Então, outra vez ele viu o colar, bem ali. Desta vez ele estava determinado a pega-lo, não importava como.

Decidiu mergulhar no rio, embora fosse algo repugnante de fazer, tal a sujeira do rio e seu corpo inteiro tornou-se imundo. Mergulhou e mergulhou e procurou por toda a parte pelo colar, mas fracassou novamente.

Desta vez ele ficou realmente aturdido e saiu sentindo-se mais deprimido ainda já que, sem conseguir pegar o colar, não receberia os $50.000.

Um velho que passava por ali, o viu e perguntou-lhe o que estava havendo.

O rapaz não quis compartilhar o segredo com o velho, pensando que o velho poderia tomar-lhe o colar, então recusou-se a explicar a situação para o velho.

Mas o velho pôde perceber que o rapazinho estava incomodado e, sendo compassivo, outra vez pediu ao rapaz que lhe contasse qual o problema e ainda prometeu que não contaria nada para ninguém.

O rapaz reuniu alguma coragem e, como já dava o colar como perdido, decidiu pôr alguma fé no velho.

Contou sobre o colar e como ele tentou e tentou pegá-lo, mas não conseguia de maneira alguma.

O velho então lhe disse que talvez ele devesse tentar olhar para cima, em direção aos galhos da árvore, em vez de olhar para o rio imundo.

O rapaz olhou para cima e, para sua surpresa, o colar estava pendurado no galho de uma árvore.

Tinha, o tempo todo, tentado capturar um simples reflexo do colar.

A felicidade material é exatamente como o rio poluído e imundo; porque é um mero reflexo da felicidade verdadeira no mundo espiritual.

Não alcançaremos a felicidade plena que procuramos na vida material, não importa o quanto nos esforcemos.

Em vez disso, devemos “olhar para cima”, em direção a Deus, que é a fonte da felicidade real, e parar de perseguir o reflexo desta felicidade no mundo material.

Esta felicidade espiritual é a única coisa que pode nos satisfazer completamente.


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